Roberio Motta

Bárbulas que não se calam

Um pouco ausente 

Meio distante 

Fazendo da vida um verso

Do repente um instante 

 

Em pausas relembro de todos 

Em ventos, sonetos eu peço 

Perdão pela minha ausência 

A labuta distancia a batuta 

 

A pena embora leve

O vento não leva 

Nos une feito um cálamo 

E as bárbulas que não se calam

 

Com o sopro do criador

Na escrita por riba do papel

Sob o sol claro da manhã

Teço o verbo azul do céu.

 

Doze de 9 de Um tal de 2021

Juazeiro do Norte, Estado de Graça do Cariri.