Eco de vozes pela madrugada,
E tu que surges de novo na altura,
Recordas-me uma rosa já fanada
Que perdeste o teu brilho e a formosura.
Vagam as mágoas por essas estradas,
Silentes vestindo o véu da amargura,
Lembram as almas dores já passadas
Seguindo calmas pela noite escura.
Alguém que canta a vida esvanecendo,
E tu que vens a clarear-me a face,
Nas brumas d\'um ocaso se perdendo...
Andas comigo pelas solidões
Da noite, um sonho que renasce
O cortejo das minhas ilusões.
Thiago Rodrigues