Para as crianças do mundo
Que brincam
Que rolam
Que choram
Que se enganam.
Para as que não tem preocupação
Que possui inocência
Desconhece a procrastinação
Que não entende o conceito
Mas sente que o amanhã não é agora
E que pra depois, apenas o caixão.
Feliz a criança que cresce
E que quando cresce, se entristece
Não quer mais brincar
Quer sobreviver
Não quer o pão de agora
Quer o sustento pra ter pão
E se não tem pão, não chora
Morre, apenas morre
Morre, suplica, se humilha
Morre a criança
Morre a inocência
Nasce o adulto
Nasce a decepção
Nasce o depois
Morre o agora
Nasce o material
Morre a emoção
Nasce o lógico
Morre o risco
Nasce o vômito
Morre o balanço
Um adulto nasceu.