Sonho de primavera...
Por um momento, esquivou-se o pensamento
Caiu, em universo paralelo
Nele, via além de paredes e portas
Havia sol, a alma bailava entre canteiros de rosas
Era primavera, e, nunca a vi tão bela...
Há uma espera... Ou apenas, quimera?
Fragmentos de sonhos, anseios e medos
A horda dos dias incide, esmorece, soçobra
Momentos lacônicos conduzem ao refrigério
Arrefece a tormenta, sustenta...
Deambula novamente o pensamento
Entre invernos e erros, avança setembro
Que seja! Repleto de aromas e cores!
Que a chuva lave, tudo que polui
E a alma seja leve
Como o amor, quando flui...
Ema Machado