COÍN, COÍN
Chico Lino
Até hoje não defini
Os sentimentos que tive
Por uma porquinha que se lambuzava
Na lama do Rio Doce
Quando vazava
Filha de uma porca que pariu
No dia do meu aniversário
Tive o direito de nomear
Aquela cachacinha
Da onomatopéia estridente
De seu grunhido
Batizei-lhe de Coín
Coííínnn...
Com quais intenções
Cuidados e ternuras
Alimentamos nossas amizades
E amores
Entre lágrimas e
Gotículas de limão galego
Comi minha primeira namorada