SETEMBROS
Agora que as folhas secas
Rolam indistintamente
E que os galhos
Das árvores retorcidos
vão compondo copiosamente
as Imagens do que serão
daqui pra frente.
Parecem esqueletos mórbidos
Bailando nas sombras
do poente.
Dissecados da antiga clorofila
Para depois
Se revestir dos raios
dourados do nascente
E abraçar o tom de cinzas do inverno.
E de broto em broto
Que do caule despontam vigorosamente
A clorofila que
antes fora dissecada
Reaparece no caule a sorrir
E na aquarela
de setembro perfumada
Já prontas agora
estão para florir.