Débora

A chama

a imagem do teu corpo

sob a luz da lua

surge na minha mente me arrancando

o ar.

 

e como a roupa que te veste no inverno,

quero te cobrir;

ao mesmo tempo que quero te desnudar,

como a roupa que te falta no verão.

 


teu toque fica marcado na minha pele

feito tatuagem.

é a brasa que queima

e a pluma que alisa.

 

em mais ou menos tempo,

além do ar tu me arranca

a pele e incendeia.

 

a partir daí,

nem o tempo apaga tua chama,

teu rastro.

nem te apaga.

 

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