Vou pelos campos ermos e tristonhos,
Pelos campos de olhares tão antigos,
Onde a névoa inda cobre os meus sonhos
E as sombras escurecem os jazigos.
E agora a lembrança em teu assomo,
Pois que o tempo esquecer já não consigo,
Relembras-me daquele cinamomo
Onde em sonhos deitaste-te comigo.
Pelas sendas como o sol que adormece,
No silêncio profundo d\'uma prece,
A olhar-te para o céu com minhas dores...
E seguindo foste tu assim sozinho,
Onde outrora pelo mesmo caminho,
Exalaste os teus últimos palores.
Thiago Rodrigues