Edla Marinho

A VERDADE NOSSA DE CADA DIA

A VERDADE NOSSA DE CADA DIA


Oh! verdade nua!
Sai desse conforto, essa zona
Desce ao mar de ilusões
Revela-te em preto e branco
Abre as gavetas da hipocrisia
Arranca da mente essa ilusão 
Que domina a vontade
desesperada, decadente, empoeirada

Rasga o véu! 
Despe os amores, os amantes
Vestidos de ignorância
Desprovidos de esperança!

Escancara o opróbrio
Dessa gente desgraçada e infeliz
À margem  do caminho
Sem bagagem própria
Comendo as migalhas
Da mesa dos reis e príncipes
Do reino de conto de fadas
De bruxas e magos
Que mexem os caldeirões
E enfiam goela abaixo
A poção do engano
Aos meninos e meninas
Moços e velhos nesse picadeiro
Todos palhaços, pagando caro
Geral ou camarote
E quando  o circo vai pegar fogo
Se inflamam as cortes e fazem (in) justiça
Já é tarde, a noite chegou
Não há punição maior que nascer neste chão. 
O show acabou
É só mais uma peça
Apagam-se as luzes
Da encenação
De um povo que pensa
Ser nação... 

Edla Marinho
05/12/2013