O fim do mundo é quando a gente observa
Atento a conscientizar-se ao fim da estrada,
Vê tudo consumado e sem reserva
De energia, ou mais sonhos, e que já nada
Possa inda oferecer. É igual à erva
Que perdeu o seu viço e jaz mirrada:
De vida se esgotou e não preserva
Seu encanto de vida festejada.
O eterno apocalipse tão fatal
Não vem de cruel assalto ou obscuro aval,
Pois sobre cada ser o fado tece
E por tido momento ele acontece...
Se este evento se vê com confiança:
É que há do além-vida uma esperança.