Lua de sangue...
A alma aflita, espia por entre pesadas pálpebras
O imo sufoca, perscruta a vida insólita
Castelos ou masmorras?
A agonia não dá trégua, cálidas horas...
Noites sem sonhos, dias insípidos
Pairam anseios de voar, sem medo do agora
Lacônico, o olhar avista o mar celeste
Navega-se sem barco, entre grades e portas
O tempo segue, sem trégua
Tantas estrelas, captam almas libertas
Luar de sangue, rio de lágrimas constantes
E a alma aflita, da vida, ainda é amante...
Ema Machado