Batalhas insanas - I
Acertamos quando escolhemos
Fingimos que decidimos
Fomos o que pensamos
Fizemos o que acreditamos
Não cremos no que fizemos
Perdemos ou ganhamos
Dizemos que sonhamos
Acordamos, e brincando
rimos do que vimos
Sangramos enquanto lutando
Choramos quando partimos.
Batalhas insanas - II
Marionetes uniformizadas,
treinadas e armadas,
fazendo o que não entendem,
pensando que decidem.
Luta coreografada,
morte ensaiada,
vida perdida,
loucura condecorada.
Batalhas insanas - III
Pela janela
fico a esperar
olho a estrada
e você não vem,
volto da escola
e você não está
quero seu abraço
pra me receber.
De jogar bola
com você quero brincar
e no domingo
irmos pescar.
A voz no radio
só fala em guerra,
no jantar sua cadeira
permanece vazia,
seu pijama dobrado
também te aguarda
no Natal você não vem,
O telefone toca
a mamãe que chora
alguém que fala
pra não te esperar.