Que amarga tristeza ou desfruto
Em momentos, que lágrimas corroem
Sonhos lindos e aportados destroem
Num silêncio entre a dor e o luto
E pela vida impedida, paramos
Sem que o tempo controle e nos diga
Que a lembrança seduz e instiga
Outro plano, que não o sonhamos
Que ressurge, sem ser avisado
Entre o choro que vem soluçando
Do expressivo gesto enlutado
E que sóbrio e sinistro e calado
Recebe o silêncio, chorando
Para um dia não mais retornado