Nelson de Medeiros

NA PANDEMIA

NA PANDEMIA

 

Vai se indo melancólico o dia...

O mundo presente, inimaginável

Outrora, era em parte responsável

Pela cena que alheio o bardo via!

 

A tarde azul rubi, que já se ia,

Desenhava um poente admirável!

Uma dádiva divina notável,

E pouco olhada até a pandemia!

 

Mas, o refúgio desperta desejo,

E a pintura natural do universo

Solidifica-o sem medo ou pejo!

 

Então, recordando a mulher que anela,

E desejando ficar nela imerso,

Fez estes versos só pensando nela!

 

Nelson de Medeiros

C.Itapemirim, 26/08/2021