Todos os porquês encontram o seu termo
no teu nome; os mistérios dos céus e da terra,
do amor e da guerra nas fortes batidas
do teu coração, na tua calma respiração .
Teu desejo sôfrego põe aos tropeços
a razão grave, os entraves a um bom dia
são removidos; os empecilhos, encolhidos.
Onde quer que faça inverno, o teu corpo
acende o verão. O clima logo se dobra,
na retorta de tua alquimia, ao próprio orgulho
e à própria natureza.
A cintilância da tua beleza reside
em não saber que presides, soberano,
sobre meus céus e oceanos,
sem comos nem porquês.
Deise Zandoná Flores
21-08-2021
* Pintura de Daniel F. Gerhartz