Corpos na vala, vidas levadas;
Meu eu distorcido é suficiente para mim.
Bolhas pequenas e saturadas de aversão,
Pouco se conhece sobre a verdadeira gratidão.
Meu eu inflado, meu eu maior.
De tanto ego perdemos eco.
A terra se esvai em nossa mãos,
Nossa única casa, nossa conexão.
Destruímos uns aos outros e consequentemente a nós mesmos.
Nos afogamos na rasidade,
Nos embebedamos nos nossos medos.
Talvez eu pense demais,
Talvez eu sinta demais.
Não sei viver sem amor,
em consequência convivo com a dor.
O quanto mais precisa ser tirado?
Quanto mais precisa ser arrancado?
Se ausente de si, se espelhe no outro.
E assim, talvez, o mundo se cure pouco a pouco.