Noites vagas
Ja nao sabe quando é noite ou dia
A carteira cheia, a alma vazia
Coisas que o tempo não sara
Para tentar esquecer
Prostitutas baratas e bebidas caras
E embora não diminua o pesar
O ambiente é familiar
Não ama nem odeia ninguém
Mas por um breve momento
A dor passa e faz com que se sinta tão bem
Eu o vejo no bar
Sempre com tantas histórias pra contar
Como recompensa, alguns trocados para apostar
A noite lá é igual ao dia
Homens desequilibrados
Um ambiente conturbado
Mulheres lindas mas tão frias
O cheiro do Jimador
Perdura no ar
Misturado com o perfume
Da jovem atendente
Sua mente não consegue descansar
Pessoas com tantos privilégios
Deus dá asas pra quem não deseja voar
Já cruzaram a linha que eu mais temia
Pois quem se aventura em aguas profundas
Nunca volta para a calmaria
E a ironia aqui parece reinar
Da água que não beberiam
Eu os vejo se afogar
(Mitchel Gonçalves Damaceno)