Thiago R

Lua Solitária

Exala a tarde teu último lamento,

Almas que guardais aqui os teus segredos,

Solitária ao cântico dos ventos 

Vai a lua surgindo nos arvoredos.

 

Na solidão dos ermos monumentos,

Ao cantochão dos sonhos que lhe vejo,

Nos caminhos flóreos e lutulentos,

No bosque enluarado do meu peito. 

 

Pelas sombras tu foste entristecida,

Branca como o lírio dos pesares 

Que floriste numa campa esquecida.

 

Ai, tem essa lua pálida e calma,

A solidão plangente dos luares 

E a tristeza que eu sinto em minha alma. 

 

Thiago Rodrigues