Ema Machado

Vida líquida...

 

 

Perdida, vontades mortas

Levada pelas incertezas

Transitando, em bambas cordas

Há, uma rebeldia sarcástica no imo

Nada do que faço, possui um final

Tecidos rotos, horas sombrias, páginas vazias

Nada mais anseio, tudo, torna-se banal

A vida, escorre líquida...

Em concha, tento contê-la

Pergunto-me. Para que, afinal?

Sinto que pouco aprendi, apenas, contos de areia...

O hoje, leva-me para longe de mim

E a velhice, quase toma conta...

Sonhos, são miragens

O deserto vem habitando por aqui...