A maior dúvida que carrego e não distingo.
Que me tortura, enfim, desde a vez primeira.
Serão mais tristes as cinzas tardes de domingo,
Ou as terríveis manhãs de segunda-feira?
Chego na sexta sempre cheio de esperança.
Fazendo planos como se para uma vida inteira.
Mas no final, já choro feito criança.
Da qual lhe foi tirada a gorda mamadeira.
Sábado chega e com ele a sede louca.
Com as promessas que eu tolo acredito.
Sorriso largo que me escancara a boca.
Mas que aos poucos vai se transformando em grito.
Mas esse brado não é de contentamento.
É a angústia chegando para avisar.
Se apossando sorrindo do meu lamento.
Mais um domingo que em breve chegará.
É na segunda, essa vadia desgraçada.
Que eu acordo odiando recomeçar.
Nova semana na qual passo lamentando.
Pelo domingo que espero não mais voltar.