Thiago R

Flores Mortas

Vão os dias nevoentos seguindo,

Minh\'alma é um ermo mausoléu...

E essas brumas que vês aqui partindo,

São minhas dores voando pelo céu. 

 

O jasmineiro em flores sorrindo,

Nos heráldicos caminhos, ao léu...

Lembra-me do meu passado já findo 

Que a saudade cobriste com teu véu. 

 

Vou pelas sombras olvidando, etéreos 

Em minha vida, fúnebres os sinos 

Das despedidas e dos cemitérios.

 

São roxas essas flores minha amada,

Que pendem mortas sobre o meu destino, 

N\'alameda flórea da madrugada. 

 

Thiago Rodrigues