Ando sem rumo pela vida
A perguntar por mim
Naquele dia de despedida
Me perdi e me desencantei assim
Sem saber por que vim
De tão longe à procura de sabedoria
E por ela quantas vezes renasci
Deixando na morte e na vida...ironia
Andei à mão e braços com a loucura
Num dilema entre perfume de flor
E o espinho que a alma perfura
Na conjugação do verbo de dor
Vivi muitos séculos em só um dia
Fui e voltei sem ter partido
Chorei de tristeza e de alegria
Morri muitas vezes sem ter nascido
Do trono branco de uma nuvem
Com meu cetro de imaginação
Imponho a lei , minha cruel ordem
Joguem fora o desejo do coração
Façam dessa triste história
De loucura sem alforria
Apenas um ponto na memória
Versos loucos dessa poesia
Edla Marinho
10/10/2017