Menina, você veio trazida pela mão cruel do destino,
Que a deixou para morar dentro de mim,
Mas você, repentinamente, agarrou na mão do destino e se foi,
Em busca de um outro amor que não o meu;
Antes de ir você escravizou a minha alma e devorou o meu coração,
E deixou nele marcada a sua breve presença,
E enevoadas lembranças arquivadas na memória
Mas presenteou-me com saudade,
Que se alterna com uma grande mágoa;
Permeada de angústias foi a sua estada,
Com muito sofrimento eu a amei,
Mas a dor de vê-la partir,
Foi a de um punhal cravado em meu peito pelas suas mãos;
Sem despedida,
Sem adeus,
Você simplesmente abandonou-me,
E eu fiquei triste.
Cama desarrumada,
Luz acesa,
Guarda-roupa de portas abertas e sem roupas
Coração vazio ecoando os meus gritos angustiantes aos céus,
Ela partiu para sempre.
Cavalgando o cavalo indomável do tempo
É que meu coração livrou-se do amor por ela,
Mas a saudade marca a sua presença
E eu a não esqueço
E eu a não amo mais
E eu a não esqueci.