Tiro do peito
O amor que um dia
Inundou este coração
Entre chamas
Entre ardor
Caem as lágrimas de ontem
Não foi o vento que apagou
Posto que queima
Chamas diferentes
Nunca queimou realmente
Ilusão de ótica
O que queimava era fósforo
Um truque de espelhos
Presos em cordas
Entrelaçados entre os dedos
Brincou comigo
Era apenas uma marionete...
Dizem que ao amar
Sempre alguém sai ferido
E esse alguém foi eu
Virei inverno
Meu peito está aberto
A ferida ainda sangra
Sim! Vai sarrar…
Porém… neste peito sempre haverá
Uma cicatriz dizendo:
Amei com tudo que tinha;
Peito, alma, mente, coração!
Não fui amada;
Foi tudo uma agridoce ilusão!