Em um mundo inverso,
Vez em quando eles aparecem.
Descem da mesa plana de nossa Chapada onde nasce o dia (Ara-Ari-Pe) soprados pelos ventos dos bons.
Trazem sempre em seus costados pesadas mochilas, não suas!
Mas, dos minguados esquecidos, pobres mirrados cheios do peso da avidez
e da cupidez com suas alças de parcialidade presos per si, pobres mortais.
Os gigantes não se importam!
Seguem e respiram o ar puro,
lutam por um mundo límpido
pois são resilientes moldados de ternura e valentia.
São únicos, são pouco sim!
As vezes um só!
Estes escrevem façanhas únicas.
São meio Quiriris, meios Gibborim.
Olham sempre ao longe.
Pois, trazem junto aos seus corações os valores ensinados pelos seus.
Seguem destemidos empurrados pelos ventos da verdade e da paz.
Olham sempre avante pois enxergam quem está ao lado
e carregam em seus nobres corações o peso leve feito a mesma bruma que os guiam pela estrada da vida que poucos ousam caminhar,
outros tantos julgam conhecer os atalhos.
Certa vez um mestre me falou:
‘O ter passa!
É eventual.
Já o ser este é perpétuo!’
Destemidos gigantes seguem com seus valores e plenos de paz!
Pois carregam a bagagem boa dos seus, a leitura suave, os doces capítulos que só os bons escrevem e eternizam-se.
São assim!
Gigantes!
Eles existem e são cheios de verdade, de solidariedade e de paz!
Roberio Motta
Três de 8 de um tal de Vinte Vinte e Um
Estado de Graça do CARIRI.