Um gigante imaturo
Introspectivo extrovertido
Como um guerrilheiro lutando com a alma
Me firo com as bombas da realidade
E me protejo nas profundezas das minhas trincheiras
Sensibilidade insensível
Me atiça mas me machuca
Me anima e me desespera
Como droga, alucina e depois queima meus neurônios
E assim o tempo se distorce: o futuro vira presente
Que por ansiedade, se mantém vivo
Há um desconhecido furacão a quilômetros por hora em meu peito
Bagunçando pensamentos
Fazendo da vida um enigma de idioma estrangeiro
Complexo demais, não sei ler
Só identifico os códigos e deles me conforto
E finjo saber como se completa esse quebra-cabeça
Nadando sem barbatanas contra a correnteza da vida, exploro esse oceano
Mas não me identifico com os peixes
E de uma coisa tenho certeza:
Que ou me afogarei ou me harmonizarei
Com essa fluida sensibilidade insensível