Maximiliano Skol

DOLOROSA SAUDADE

Ouço de passarinhos algazarras

Dos piados e cantos florestais,

Nos ouvidos eu os sinto como garras

De zumbidos perenes e dos tais

 

Uma saudade terna com amarras

Na idade juvenil junto a  meus pais. 

Até o canto eu ouço das cigarras,

Recordando  em zumbido ecos mentais.

 

Mas um rebote vem adjunto a isso:

Em toda a ação há sempre um compromisso 

De uma igual reação e em si contrária.

 

Então, meu recordar traz a maldade

De sentir-me infeliz pela binária 

Sensação dolorosa entre a saudade.