Ouço de passarinhos algazarras
Dos piados e cantos florestais,
Nos ouvidos eu os sinto como garras
De zumbidos perenes e dos tais
Uma saudade terna com amarras
Na idade juvenil junto a meus pais.
Até o canto eu ouço das cigarras,
Recordando em zumbido ecos mentais.
Mas um rebote vem adjunto a isso:
Em toda a ação há sempre um compromisso
De uma igual reação e em si contrária.
Então, meu recordar traz a maldade
De sentir-me infeliz pela binária
Sensação dolorosa entre a saudade.