Ando calado nas sombras, silente,
Vendo seguirem mudos e sozinhos,
Vultos que passam vagarosamente
Seguindo místicos os seus caminhos.
Vou pelas ruas flóreas novamente,
Nas lutulentas trilhas, sem carinho,
Onde a lua inda vaga mansamente,
E o silêncio segue a cantar nos ninhos.
Pelas estradas flóreas, nas alfombras,
Onde as pétalas deitam sobre as sombras,
Na solidão dos campos, tão antigos...
Quando minh\'alma sem rumo, esquecida,
Chorares pelas sendas desta vida,
Que findam-se nas brumas dos jazigos.
Thiago Rodrigues