De onde escrevo não há telhas que me cubram das chuvas, ou capas que protejam a face
De onde escrevo não há roupas que cubram o corpo ou sapatos que comportem os pés
Aqui, de onde rabisco palavras e pontos, as paredes são feitas de cores e os bancos de nuvens macias,
Aqui, de lugar nenhum, eu aprendi a ver de olhos fechados a beleza que anda lado a lado com a feiúra que eu digo enxergar
É bem aqui que eu não sinto mas choro, me perco e imploro, pra alguém me encontrar
É bem aqui que as dores são belas e a tristeza singela, sussurra me amar