Tempo de bilhões de anos já previa
O que sou... Em frustrados tantos anos
Cujo intento me fez a ser um dia
O eu predestinado e em cujos planos
Convivo com meus dias sem magia,
Sem condigno valor. Somente insanos
Pensamentos pululam na vadia
Mente no florescer dos seus enganos.
De que adiantou todo aquele tempo?
Quando o que eu sou, aqui, na imperfeição
E no inútil viver, em contratempo
Ao permanente– torno-me, outra vez,
Inexistente, vitimado ao chão,
Ao nada e ao pó que, um dia, me perfez.