Maximiliano Skol

RETORNO AO PÓ

Tempo de bilhões de anos já previa 

O que sou... Em frustrados tantos anos

Cujo intento me fez a ser um dia 

O eu predestinado e em cujos planos

 

Convivo com meus dias sem magia, 

Sem condigno valor. Somente insanos 

Pensamentos pululam na vadia

Mente no florescer dos seus enganos.

 

De que adiantou todo aquele tempo?

Quando o que eu sou, aqui, na imperfeição 

E no inútil viver, em contratempo

 

Ao permanente– torno-me, outra vez,

Inexistente, vitimado  ao chão,

Ao nada e ao pó que, um dia, me perfez.