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Cloves Osvaldo

Miragens ao luar

Ontem eu sonhei
Talvez um sonho vívido
Ou uma ilusão do luar.
Via os ventos a soprar
Olhos que saboreavam as cores
E minha face nua
Banhando-se nos riachos.
Hoje eu acordei
Não...Não havia lua
Muito menos o bailar do luar.
Desse mundo seco
Afogaram-se minhas lágrimas feridas
Meu corpo derrotado
E olhares descontentes.
Fechou-se para mim esse mundo sem reflexo
Pergunto em desespero
Por quê?Por quê?
Mas os ventos se calam.
Com as ventanias
As estrelas e a lua se afastam,
Escondeu sua lâmina,
Não tinha uma face.
Percebo enfim,mas não para o fim
Almas acordadas dormem na ilusão
Assim como ilusões em sonhos
São miragens ao luar.
E sonham os homens
Para adormecerem na desilusão 
E acordarem na ilusão.