O poeta é melancolico
Mas nem todo melancolico é poeta
Em seu pensamento bucólico
Sempre busca uma fuga secreta
Suas palavras são armas
Usadas nas lutas cotidianas
Que contestam suas normas
Muitas vezes levianas
O medo de escrever é grande
A lágrima cai no papel
E não tem abraço que abrande
Quando a dor vem em tropel
Só a caneta acode
Quando a mente transborda
Por favor não me acorde
Só me diga que concorda
Pois já nos julgamos demais
Colocamos confusão em letras cursivas
Rimas nem sempre formais
E as vezes corrosivas
Nós desabafamos em rimas perdidas
Que refletem o nosso interior
Nós somos almas incompreendidas
Esperando pela tentativa posterior