existia um sujeito
bem vestido, bem arrumado
pessoa comum
mas queria ser perfeito
ele cantava
ele sorria, chorava
embora em sua bolha
a realidade nunca encarara
os defeitos alheios aos seus olhos eram evidentes
apontava a tudo e a todos
embora que de sua boca sempre saíra
o português mais decente
a sua arrogância escondera
um sujeito inseguro, frágil
que nas suas mágoas sempre vivera.