Uma lembrança esses ares adeja,
Exalando fragrâncias pelos ares,
Vai seguindo a saudade que viceja
Na solidão dos velhos luminares.
E nas sombras dos campos tumulares,
Onde o eco do silêncio rumoreja,
Carregando contigo os teus pesares,
Alma triste de agruras lacrimeja.
Envolto por dobres como uma prece,
Na solidão da noite que fenece,
Fui seguindo ao cântico do vento...
Pelos ares eu pressinto a esperança,
E aos olhares ternos desta lembrança
Calou-se no meu peito este lamento.
Thiago Rodrigues