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erhi Araujo

VINTÉNS

Não digas em que tempo ando,

não!

Siga-me no tom exclamo,

então! 

Não fira as notas que no meu bolso...

Estão!

a lição que vale o dia sem trocar acoites,

irmão,

não retalhe à  boca da noite em vão!

Não me fale

dos becos aonde esses moços, vão!

não  entalhe com os dedos a louca perdição...

não  espalhe seus medos aos leitos,

a crua maldição  

não  talhe o sangue azul e pálido, 

não!

não encalhe como tal nobreza,

da  arrogância, da presunção...

não se abale!

como um, sem noção

nada a mais para dizer...

o mar vazio

o bar... o frio

na rua dá mostras

entre os casarios

um banco de arreia

canoa sem o rio

no céu,  das luas cheias

cantadeiras à beira d’agua

em seus bordões... os desafios

escolhes na horta,  assentada, posta

vestidos de muitas anáguas

uma classe morta, nos desvarios

na soleira, a esquina torta,

tramela, janelas ou porta!

sem meio fio...

 

 

 VINTÉNS  

         erhi Araujo