Eliabe Lira

Amor pelas letras

Das belezas da vida

Dos encantos, amores

Outrora me vejo só, 

Sozinho, sem dores.

 

Me encanta o encanto,

De um livro ainda  não lido,

Empoeirado à beira da cama,

Sem emoção e aturdido.

 

Trazer de volta meu amor,

Do meu verso guardado,

Aquele sentimento profundo

De me sentir embaraçado.

 

Marcado pelo poema

Sem forma padrão 

De versos amargos 

E rimas no chão. 

 

Afinal, será  o amor?

O acaso? Depravação?

Do faço, não faço 

Incoerência, satisfação. 

 

Acerto o passo do poema,

Me perco no bê-a-bá, 

De que vale esse dilema?

De escrever e apagar?.

 

Dos versos de meus dedos,

Minha boca se encanta, 

Dos amores da minha boca,

Minha caneta que me descansa.

 

Da tormenta da incerteza 

Das borboletas sintilantes 

Me faço e refaço diversas vezes.

 

Da impossível combinação 

Do quero com correspondência 

Do amor de mil vezes guardado

Só me resta na mão a coerência.

 

Do poema guardado

Do poema escrito 

Trago no verso marcado

Um amor que ainda não foi vivido.