Das belezas da vida
Dos encantos, amores
Outrora me vejo só,
Sozinho, sem dores.
Me encanta o encanto,
De um livro ainda não lido,
Empoeirado à beira da cama,
Sem emoção e aturdido.
Trazer de volta meu amor,
Do meu verso guardado,
Aquele sentimento profundo
De me sentir embaraçado.
Marcado pelo poema
Sem forma padrão
De versos amargos
E rimas no chão.
Afinal, será o amor?
O acaso? Depravação?
Do faço, não faço
Incoerência, satisfação.
Acerto o passo do poema,
Me perco no bê-a-bá,
De que vale esse dilema?
De escrever e apagar?.
Dos versos de meus dedos,
Minha boca se encanta,
Dos amores da minha boca,
Minha caneta que me descansa.
Da tormenta da incerteza
Das borboletas sintilantes
Me faço e refaço diversas vezes.
Da impossível combinação
Do quero com correspondência
Do amor de mil vezes guardado
Só me resta na mão a coerência.
Do poema guardado
Do poema escrito
Trago no verso marcado
Um amor que ainda não foi vivido.