Qual o momento exato,
Que a culpa preenche o ser?
Quão monstruoso e impiedoso,
É, o sentimento de angústia;
-Matando de forma lenta, dolorosa e fria.
As marcas no corpo,
Simbolizam os resquício
Da loucura embrionária,
Advinda da dor, culpa e angústia.
O malfeito, que jamais
Será desfeito.
Ferida que a muito foi aberta,
E a qual jamais cicatrizara.
O simples fato, de ser sozinho,
Rodeado de gente;
- Está gente rasa, vivendo
Uma alegria comprada.
O ato de enlouquecer,
Tem maior valia,
Que viver, uma felicidade
Falsa e descabida.
A culpa da falta de ignorância,
Marca a pele;
- Rompendo em sangue, e
Lacrimejando os olhos.
Quanto mais perfeita,
Aparenta a vida;
- Mais fútil e fugas,
É o ser que nela habita.
Se por ser feliz,
Designa o ser, a futilidade;
- Maior seja a loucura,
O sofrimento, a angústia e a culpa.
Diante disso, viver na ignorância,
Fingir ser o que não se pode ser;
- Torna o ser inútil,
E sem sentimentos derradeiros.
Fica a mercê da inércia,
Feito água de poço;
- Parado e a deriva,
Da escassez.
Ser louco, em um mundo, de
Sanidade comprada, soa mais vivido, mais vibrante;
- Que viver, em meio, a uma sociedade entorpecida, em ignorância e felicidade negociável!
Obra: Um pequeno rascunho.
Autoria: Karen Schneider.
26/07/2021.