A razão do subsistir
me faz divagar no possuir
nada descarto, nem desisto:
- Eu penso, logo existo!
A reação do exibir
me faz disfarçar o resistir
nada destrato, nem repito:
- Eu peso, logo exito!
A revolução do medo
me faz guardar segredo
nada deflagro, nem repilo:
- Eu preso? Logo exilo!
A revelação do exemplar
me faz bem reformular
nada disponho, nem redibo:
- Eu prenso, logo exibo!
A relação do execrar
me faz depressa renegar
nada desconjuro, nem engano:
- Eu proso, logo explano!
A redenção da vontade
me faz perder a humildade
nada despeço, nem corrijo:
- Eu prezo, logo exijo!
A raridade do benfazejo
me faz ter desejo
nada desarranjo, nem desfaleço:
- Eu pronto, logo exerço!
A reviravolta do falar
me causa um mal estar
nada desajusta, nem refuto:
- Eu printo, logo executo!
A ruindade do xingar
me faz não aceitar
nada desalinho, nem consterno:
- Eu primo, logo externo!
A raiz do conhecer
me faz um bem querer
nada desdenho, nem reporto:
- Eu prego, logo exorto!
A receita do amargar
me faz não tolerar
nada desvelo, nem insinuo:
- Eu pioro, logo extenuo!
A reverência do respeito
me faz tomar jeito
nada defino, nem resumo:
- Eu paro, logo exumo!
A reconstrução do conviver
me faz melhor entender
tudo modifica, bem medito:
- Eu comovo, logo excogito!
A retribuição do cotidiano
me faz sentir mais humano
tudo consigno, bem afirmo:
- Eu reconheço, logo exprimo!
A resiliência da felicidade
me deixa com sagacidade
tudo projeto, bem componho:
- Eu rio, logo exponho!
A relevância da paz
me deixa bem mais sagaz
tudo confirmo, bem confesso:
- Eu doo, logo expresso!
A realidade do amor
me faz ser um vencedor
tudo construo, bem decisivo:
- Eu amo, logo vivo!