Repousam em ti, nesses tristonhos
Túmulos, marmóreos e silentes,
As angústias derradeiras e os sonhos
Na umbrosa dum cipreste mansamente.
Vagas em teu solo deserto e triste,
A saudade silente com teu banjo,
Entoando quantas lágrimas já viste
Nessa rua o plangente olhar d\'um anjo.
Quando caem as sombras pela rua,
Solitária entre as brumas vem a lua,
Pálida vagando com teu mistério...
E outra vez serena com tuas luzes,
Uma a uma merencórias essas cruzes
Alumia neste velho cemitério.
Thiago Rodrigues