E calou-se o sino da juventude,
Em plangores de amor e soledade,
Vibrou-me no meu peito esta saudade,
No silêncio de etérea solitude.
E passando branca sobre a cidade,
Uma lua esquecida que me ilude,
Recamada de luz na imensidade,
Indo a vagar em terna pulcritude.
Foste partindo assim como essa lua,
Que pairando vai por sobre a rua,
A imagem do passado merencória...
E os dias que tornaram fenecidos,
Eu guardo-os para sempre adormecidos,
No bosque redolente da memória.
Thiago Rodrigues