Fuga de estrela...
Engulo
É meu, o silêncio
Despejo em lágrimas
Minhas travas...
Nada dizem a você
A mim, cortam
São navalhas...
Sozinha, conto estrelas
O universo as detêm
Às vezes, uma foge
Diria o poeta:
“O silêncio, não lhe convém? ”
Solitária, a montanha
Quebra o silêncio
Em repetidos ecos
Enquanto, em mim
Gestos e olhares
Se perdem...
Quem ouve, meu silêncio?
Apenas, meus versos...
Ema Machado/ 2014