DESNUDANDO AMORES
‘Depois de tão poucos amores que tive
Passageiros e sem a menor importância
Te reconheci na primeira instância
Na película do teu olhar e do teu doce e tímido sorriso
Carrego o teu sabor em meus lábios até hoje comigo’
Teus medos e tuas dores
Deixaram marcas em meu corpo
Feridas e dores de todas as cores
Hoje me desnudo curado
Arregaço as cicatrizes por ti deixadas
Em versos e poesias registradas e declaradas
Me desnudo em prosa e verso
A minha alma o meu corpo
E desnudo todo esse amor
Que bate até hoje já sem aquela dor
Ao redor de mim mesmo
Sigo desnudando amores
Amores desvendando teus caminhos secretos
E meus desertos...
Amores dos meus recantos e dos teus encantos
Planto em meu jardim
Minhas cores e flores rosa jasmim
Violões, violinos e possíveis amores
Relato em meus sonhos
Nosso amor interrompido
Verdades por ti não desnudadas
Desnudo em poesias
Nosso amor mal resolvido
Deixastes em meus lábios
O cheiro de amêndoas amargas
Do amor renegado
Do teu amor melancólico e sufocado
Saudades hoje é que brota em meus botões
Relatar em minutos e segundos
O meu e o teu amor
Cultivar alegria no meu jardim
Em cravo, rosa e botões lírios jasmim
Outrora foram-se os poucos amores que tive
A nenhum deles me recordo desnudar com tanta verdade
Esse coração que hoje te corteja iluminado
Na maior e mais pura intensidade
Transbordo a desnudar a minha emoção
A espera de viver esse amor
Desnudar o meu e o teu
A consagrar nossa união
A saudade que sufoca
O amor que me dilacera em todas as minhas partes
A coragem de enfrentar a vida
Desnudo minha alma e meu perdão
Permitindo novamente a ti todo o meu amar em verso e oração
Vlad Paganini
Hoje estou relendo minha vida
Meu espírito, minha alma e meus antigos amores
Regando meu rosto, meus olhos e minhas dores
Escrevendo meus versos e teus paradoxos controversos
Cultivando minhas folhas e minhas flores
Hoje entrego na poesia
O teu e o meu amor
Desnudando amores
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