Shmuel

O Cavaleiro e a Donzela

 

Seu dia é repleto de afazeres
Verseja, atende e dança
Adepta a leitura
Além de linda, uma meiga criatura
Minhas mãos em tecituras
Para ti, teio versos
De esmera urdidura
Ah, mas pobre de mim!
Que na cercanias de seu castelo
Vagueio, rondo
Sou um mero vagabundo
Nada tenho, só componho
Conto com Deus em sonho
E sigo a cingir os lombos.
(Shmuel)

Olhos que espionam
Admiram desejam
Essa mulher idealizada
Multifacetada 
Sonho de amor, romance
Busca incessante
Dos olhos  ardentes 
Dos pensamentos picantes 
Almas se buscam distantes 
Apostam ser a sua metade
Nos versos que surgem,  aparecem
Palavras, sons, metáforas 
Poetas, homens mulheres 
Buscam abrigo enquanto escrevem.
(Barbara Guimarães)

Nesta busca incessante
Tua imagem em mim se ressalta
Nesta doce loucura Cervantes
Até dos temidos moinhos, sinto falta
Eu, o alucinado cavaleiro, confesso
Sem amor e aventuras
Para minha modesta vila regresso
Se me privam as emoções,       Em clara decisão reintero,      Entregar-me  as  desventuras não quero.
(Shmuel)

Sempre haverá o amor
Sua busca é  uma aventura
Na vida dos cavaleiros 
Que armados, desejam salvar as donzelas 
Hoje, elas estão armadas e  diferentes
Independentes, elas se salvam
Procuram um amor, para amar
Não  precisam de cavaleiro salvador
Para amar, as armaduras devem tirar.
(Barbara Guimarães)