Cristh

Na cozinha

Tez morena, em completa transpiração
Um dólmã ornamentado, que transmite compleição
Trocas gasosas, trocas salivais
Numa dança cabrocha, tão carnais

Um, dois, três botões vão ao chão
Como resposta ao tinido da canção
E em ligeiro ato, as vestes caem
Deslizam, morosamente, acanastrem

Vertical, horizontal, diagonal
Oblíquo, angular, meridional
Para baixo, para cima
Nossa sina, sempre acima

De toda e qualquer opinião
É amor que traz difusão
Que entranha, penetrare!
E dispensa interpretrare...

E assim, findo um dos atos
Entre os dulcíssimos relatos,
O reflexo físico e selvagem
De que amar é ter coragem.