Victor Severo

À deriva.

 

 

Em poças de sangue escorrego.

Teu nome em delírio entrego.

Pouco antes de morrer.

Goteja em meu olho cego.

Essa culpa que renego.

Buscando em vão te esquecer.

 

Ferida de ponta de prego.

Esse ódio que carrego.

Por não possuir você.

E todo meu tempo emprego.

E juro que só sossego.

Quando voltar a lhe ter.

 

Sou louco por ti não nego.

E o meu inflamado ego.

Está prestes a enlouquecer.

Hoje nada mais enxergo.

A nada mais me apego.

Nesse meu triste viver.