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Maximiliano Skol

O SEMPITERNO CHISTE

Um silêncio eterno haverá 

De mim quando eu me for deste terreno

E volátil sentido que me dá

A sensação de ser-me justo e pleno.

 

E macilento o azul do céu será,

Brisas leves virão de clima ameno,

Trazendo ausência à rua onde está,

Agora, a pobre  alma em que enceno.

 

Minha rua será ainda vazia

E permanecerá na calmaria,

Sem o Doppler dos ecos trafegando,

 

Do pôr do sol a luz será fria e triste, 

As aves ao repouso irão cantando,

Vai ser assim:  o sempiterno chiste!!