Um silêncio eterno haverá
De mim quando eu me for deste terreno
E volátil sentido que me dá
A sensação de ser-me justo e pleno.
E macilento o azul do céu será,
Brisas leves virão de clima ameno,
Trazendo ausência à rua onde está,
Agora, a pobre alma em que enceno.
Minha rua será ainda vazia
E permanecerá na calmaria,
Sem o Doppler dos ecos trafegando,
Do pôr do sol a luz será fria e triste,
As aves ao repouso irão cantando,
Vai ser assim: o sempiterno chiste!!