Saibam quantos
Estes mal rimados versos lerem
Que no quarto mes
Desta malfadada pandemia
Tive um sonho !
E neste sonho, Altair
Minha querida falecida tia
Me dizia :
Meu filho, tu não vistes nada !
E contou-me ela, que em 1918
Não lembrava ela se num setembro
Novembro ou Dezembro
Ou se em julho, mes do meu nascimento
Aportou no Rio de Janeiro um tormento
De castanholas e falando espanhol
Chegou no Demerara, um navio
E trazendo um virus sombrio
A muitos, a muitos infectou
Contaminou até o eleito no Brasil para Presidente
Que coitado, ficou doente
Morreu e no cargo não se empossou !
Mas muito mais gente morreu
Meu querido sobrinho
Do que neste Covid que ora
Assola este mundo a fora !
Por isto, te cuides Paulinho
Te cuides, mas guarde contigo
O que diz o velho refrão
Não entres em desespero
Pois pandemias vem, pandemias vão !
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