Foi pra ti uma glória a luz que eu via
Quando ao teu lado tive o meu alento
De vida, que pra ti fosse um tormento
Ou, quem sabe, pra ti, também, seria
A fé que te guiasse a cada dia.
E assim cresci juntinho ao acalento
Que a mim me dispensavas a contento,
Sem medires tristeza entre alegria.
E veio a dispersão da convivência,
Que por negócios outros eu perdi.
E, de repente, enferma em minha ausência
Tu passas... E confronta-me o malfeito:
’Se a vida tu me deste perto a ti
Em tua morte fui ausente ao teu leito.’