Maximiliano Skol

O MALFEITO

Foi pra ti uma glória a luz que eu via

Quando ao teu lado tive o meu alento 

De vida, que pra ti fosse um tormento

Ou, quem sabe, pra ti, também, seria

 

A fé que te guiasse a cada dia.

E assim cresci juntinho ao acalento

Que a mim me dispensavas a contento,

Sem medires tristeza entre alegria.

 

E veio a dispersão da convivência,

Que por negócios outros eu perdi.

E, de repente, enferma em minha ausência

 

Tu passas... E confronta-me o malfeito:

’Se a vida tu me deste perto a ti

Em tua morte fui ausente ao teu leito.’