Menino e a Lua

Caia o GuardiĆ£o




Era uma vez, 

Uma floresta escura e proibida
onde tudo era parado
nada novo lá era criado
E qualquer alegria era coibida 

Eu era o próprio guardião
criado para proteger,
Nada lá dentro poderia viver,
nada! nem eu mesmo, era minha missão.

No meio do silencio, um som diferente,  
de dentro dos muros ? impossível! 
Não havia entradas, portões, 
Muito menos eu o guardião infalível
havia ficado ausente.

Mesmo mentalmente treinado
estava cada vez mais preocupado
Será que havia falhado assim? falhei? 
Será que fui enganado quando pestanejei?

E em um ato falho do meu treinamento,
enfurecido por ter sido ludibriado 
Derrubei o muro aos murros 
me arrastando pelos espinhos escuros

Lutando com a sombra que me segurava
todo tipo de escuridão que me cercava
Continuei perguntando, 
estão me impedir de que?
Se sou eu quem os guardava...

E foi em meio aquele caos, 
que eu pude sentir uma forte luz ,
tão linda que dançava e coloria 
um canto que me fazia, que me conduz 
até que num encanto ela me olhara e sorria. 

E então eu caia, caia o guardião
caiu a espada e no caminho que abri
Seguia por toda floresta o clarão
colorindo cada canto
me deixando de joelhos por amor em espanto...

Assim que caiu o guardião,
Foi assim que ela entrou no meu coração.  
Mudando tudo, pra ser tão especial quanto ela é!