noi soul

Lembranças que guardarei

Não poderei privar-me
Dos bons
Dos majestosos
Dos extraordinários momentos
Por causa do medo da falta deles
Por causa do medo das lembranças que me trarão
Quando o vazio insano se apossar de mim
Não renegarei os sorrisos
Os abraços
As boas companhias
Por causa da impetuosa ferida
Que sempre diz: Amanhã!
Não. Eu não tenho o amanhã.
Mal tenho o agora
E ele é tudo que sou
Absorvida
Absorta
Ainda
A mesma palavra
O mesmo tijolo
A mesma face
O mesmo espaço
A mesma ilusão
O mesmo cansaço
Entrego-me quase que
Completamente
À felicidade de estar presente
Neste infinito instante.